sábado, 30 de outubro de 2010

Serra não, mamãe!


É ainda no calor da emoção que escrevo este post. Acabo de voltar da militância, tendo a confirmação: Fortaleza é 13!!

No coração da Aldeota, em plena Praça Portugal, nem mesmo a fúria do Sol açoitando nossas testas conseguiu conter a animação de erguer a bandeira vermelha. Militância limpa, sem violência e, acima de tudo, não-paga, ao contrário da "militância" do adversário.

Bandeiras vermelhas balançavam nas ruas, alguns serristas até passaram fazendo gestos obscenos, típico dos tucanos.

Grandes nomes do PT do Ceará estavam presentes, militando como todos, nomes como o vereador Guilherme Sampaio, o deputado Artur Bruno e o recém-eleito senador José Pimentel. Na distribuição dos adesivos o mais pedido era o com a hashtag #serranaomamae, o primeiro que acabou.

Hoje, até a meia-noite, deve-se fazer militância e mobilização, não se pode relaxar numa hora tão importante. O que aconteceu no primeiro turno não acontecerá novamente. O Brasil está mudando para melhor, eu posso sentir. Nós, que zelamos por nosso povo, não devemos nos omitir, devemos ir às ruas e mostrar que estamos com nosso presidente, e, acima de tudo, que estamos com Dilma!!

Aqui em Fortaleza estamos fazendo a nossa parte, e você, está fazendo a sua?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

#vejamente / 35 anos sem Vladimir Herzog


Que a revista Veja é tendenciosa sempre se soube, porém, a partir do mometo que se torna apenas uma revista tucana, isso atinge à ética. A imprensa deve ser imparcial, nem de direita nem de esquerda, deve apenas mostrar os fatos como eles são. Há uma banda podre do PT, mas há muito mais podridão no P$DB.

A hashtag #vejamente foi amplamente divulgada no Twitter nesses últimos dois ou três dias. E é a mais pura verdade. Quando a revista difamou o candidato do PSB Cid Gomes na época da campanha eleitoral, Marcos Cals e Lúcio Alcântara divulgaram em seus horários gratuitos na televisão a reportagem. O que houve? A PF investigou, era tudo mentira da direitista e conservadora Veja. Cid ganhou direito de resposta no horário de seus adversário e conseguiu a reeleição para Governador do Ceará ainda no primeiro turno.

Hoje, 25 de outubro, completam 35 anos da morte de Vladimir Herzog, jornalista que foi preso na época da ditadura militar em 1975, encontrado espancado e morto, enforcado pela própria gravata. Na época, os militares afirmaram ter sido suicídio. Ele havia sido chamado para prestar contas com o seu envolvimento com o então clandestino PCB (Partido Comunista Brasileiro, o "Partidão").

Recentemente, em 2004, foram divulgadas supostas fotos do jornalista nu, antes de ser morto sob custódia. Em nota, os militares afirmaram que "as medidas tomadas pelas forças legais foram uma legítima resposta à violência dos que recusaram o diálogo". Porém, logo a autenticidade das fotos foram descartadas. O presidente Lula logo exigiu uma retratação pelo infeliz comentário. O General Francisco Albuquerque atendeu à exigência, fazendo uma retratação de cinco parágrafos dizendo exatamente o oposto do comentário anterior, afirmando que o Exército lamentava a perda do jornalista e que não queria reavivar fatos de um passado trágico que ocorreu no país.

A liberdade de expressão existe e deve ser respeitada. Não deve haver nenhuma mordaça que impeça a verdade de chegar à população. Não estamos mais vivendo na ditadura que tanto aterrorizou o país, mas a verdade deve prevalecer, tal como a imparcialidade e a ética, não encontradas na Veja. Que continue publicando seus factóides, afirmando indiretamente que o bom cristão Zé Serra salvará o país do inferno comunista que o maquiavélico Lula está destruindo.

E pior que a Veja, somente a Globo. Não é novidade que a Rede Globo de Manipulação defendia a ditadura na época, mesmo que tente a todo custo apagar este passado. Até no caso da bolinha de papel (motivo de chacota nacional, com direito à matéria no Le Monde da França) a Globo chamou um "perito", tudo isso para tentar convencer ao eleitor brasileiro que um objeto pesado havia sido jogado na careca do Santo Serra. Foi um tiro no próprio pé. Nunca na história de todas as eleições uma simples bolinha de papel teve tanta importância para o futuro do país.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

#quero13

A inércia não é bem vinda agora. Primeiro turno, como eu disse em post anterior, votei no Plínio, candidato do PSOL, mas agora é #Dilma13 na cabeça!

O Governo Lula não foi perfeito, ams foi mil vezes melhor que o anterior, de quando os tucanos estavam no poder.

É visível o nível da campanha anti-Dilma que vem sendo mostrada pelo tucano José Serra. A última deste homem foi o famoso caso da bolinha de papel. Oras, Dilma Rousseff, quando jovem, participou de movimentos esquerdistas contra a Ditadura Militar. Presa, foi torturada. Mentiu para os agentes da ditadura, salvando seus colegas. Pois, como já disse certa vez, que fala a verdade na ditadura compromete seus iguais. E não se deve ter nenhum compromisso com um regime militar que tanto atrasou o país. Pois bem, nestes últimos dias de campanha, o tucano recebeu uma pequena bolinha de papel amassado em sua careca. Então, uma coisa inédita na história da medicina: ele só foi saber que estava sentindo dor quando recebeu um telefonema.

E a Globo... ah, a Rede Globo de Manipulação. Recentemente este fanfarrão tucano veio ao Ceará, mais precisamente em Canindé, assistir a uma missa acompanhado do então senador (que não se reelegeu) Tasso Jereissati, o coroné dos óio azul. Logo quando chegou, teve uma calorosa recepção: militantes petistas demonstravam que ele simplesmente não era bem vindo ali. Foi então que alguns cabos eleitorais do tucano começaram a distribuir panfletos anti-Dilma em plena igreja. Os panfletos mostravam as falácias de sempre, Michel Temer é satanista, Dilma vai legalizar o aborto, etc. O padre, em reação, ao terminar a missa, falou que os panfletos eram mentira, que a igreja não havia permitido tal tipo de propaganda eleitoral em pleno recinto religioso. A reação do coroné Tasso? Simples, avançou para agredir o coitado do padre, sendo segurado por sua mulher e sua acessora. O galeguim, segundo fontes seguras, bem que gosta de bater na sra. Renata, sua esposa.

Aliás, bater em mulher talvez seja um defeito comum entre alguns tucanos. Por exemplo, o fogo amigo que ocorreu antes da pré-candidatura do Serra. No PSDB, disputas internas entre o careca e Aécio Neves ocorriam para ver quem concorreria à presidência. Pois bem, Serra preparou um dossiê sobre o atual governador de Minas. Não é novidade que Aécio é um verdadeiro Maradona quando se trata de cocaína e um Netinho de Paula quando se trata de carinho com mulheres. Daí é só ligar os pontinhos quanto ao caso das quebras de sigilo. Quando ocorreu? Quando havia as disputas internas no PSDB. De onde era o jornalista que encomendou a quebra de sigilo? De Minas Gerais. Quem é o atual Governador de Minas? Aécio Neves. E o prezado Aécio, como todos sabemos, é arrogante demais para aceitar ser apenas um vice. Conclusão: fogo amigo no PSDB (pior salário do Brasil).

Mas vai ver que eleitor do Serra acredita que o Orkut vai acabar, pois acha que Dilma é coisa do capeta.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Primeira vez na urna eletrônica

Putz, foi foda agüentar as pontas com dois dias sem internet, mas voltou. E, após algum tempinho sem postar aqui neste humilde blog, eu gostaria de falar sobre a minha primeira experiência exercendo meu direito de cidadão.

Como todos sabem, ontem, domingão, foi o dia das eleições para deputado federal, deputado estadual, dois senadores, governador e presidente. Como não acompanhei com tanta atenção as campanhas nos outros estados, sinto-me mais confortável em falar somente do meu estado, o Ceará.

Eleito no primeiro turno, Cid Gomes, que teve meu voto, teve também um bom governo e a aprovação do povo, que confirmou este fato nas urnas. E, uma das melhores coisas que já aconteceu no Brasil: o dotôzim metido a coroné que se auto-intitula "galeguim duzói azul", sr. Tasso Jereissati, não se firmou como senador. Fontes seguras afirmam que sempre em época de eleição o tal Tasso fica muito nervoso, descontrola-se, bate na mesa, dá soco em parede e se descabela todo. Imagino eu ele fazendo isto quando recebeu o baque de que não entrou. Vale lembrar que antes, nas pesquisas, ele aparecia com 65% de intenção dos votos válidos. Frustrante? E como!

Já em nível nacional, quem deve estar um tanto quanto frustrada numa hora dessas é a ex-ministra Dilma Roussef. Eu gosto da Dilma, mesmo a esquerda estando morta neste país, é melhor que a direita elitista representada pelo careca com cara de vampiro.

Para mim, coitado, não me restou opção alguma. Simpatizo com a Dilma, mas não a ponto de votar nela, odeio Serra e não há bizarrice maior que a dita Marina Silva, conhecida também por ET de Vargínia. Logo, restou-me o pobre Plínio, do PSOL. Teclei 50 na urna eletrônica.

Logo na minha primeira participação nas eleições, encontro-me numa sinuca que não há para onde correr, sem candidatos que realmente me agradem. E então temos mais uma vez o segundo turno. Dossiês e quebras de sigilo não faltaram nas páginas da Veja, cuja Folha de São Paulo e a Rede Globo não se intimidarão em martelar em nossas cabeças. Cabe a nós julgar as informações ou apenas engolir tudo sem mastigar.

Por exemplo, a Veja publicou um suposto plano de corrupção do Cid Gomes com seu (nojento) irmão Ciro Gomes. O que aconteceu? A Polícia Federal investigou tudo. Resultado? A Veja foi processada. E o tucano que concorria, Marcos Cals, que havia publicado o "fato" em sua propaganda eleitoral, teve que ceder tempo ao candidato do PSB na televisão para esclarecer que tudo não passava de mentira da Veja.

A imprensa por vezes é enganosa, basta lembrar as eleições de 1989, quando a Rede Globo editou o debate presidencial entre Lula e Collor. O resultado todos já sabem.

Um grupo de sul-africanos racistas que defendiam o Apartheid possui 30% da Editora Abril, a mesma que publica a revista Veja. Talvez aí o motivo de tanta parcialidade e vontade de eleger a direita elitista e conservadora.

Ah, e outra bizarrice que tá rolando na internet é uma campanha de fundamentalistas religiosos contra a Dilma. Esses fundamentalistas são a favor da homofobia e contra o direito de escolha das mulheres. Se a Dilma for realmente eleita, uma das melhores coisas que ela faz é liberar o casamente entre pessoas do mesmo sexo e dar o direito de escolha às mulheres em relação ao aborto. Sem contar que também é preciso cobrar impostos das igrejas. Se ela realmente fizer isso, terá meu voto.